Cinco meses após o afastamento do antigo presidente Jean-Bertrand Aristide, os jornalistas no Haiti continuam a trabalhar num clima de insegurança, afirma um relatório do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) divulgado a 26 de Julho.
De acordo com o documento, registam-se problemas nas regiões do Norte e Centro do Haiti, onde jornalistas têm sido ameaçados e detidos ilegalmente por grupos rebeldes armados. O CPJ registou pelo menos três casos de jornalistas detidos, uma cadeia de média fechada e uma outra forçada a suspender a sua emissão de informação. Devido ao clima de medo criado, refere o CPJ, “numerosos jornalistas optaram por se esconder”.
Fazendo o ponto da situação da liberdade de imprensa “no contexto de uma sociedade historicamente polarizada, em que os jornalistas estiveram durante muito tempo filiados em facções políticas” o relatório do CPJ refere que “apesar de os alvos dos ataques terem mudado […] os jornalistas haitianos não poderão trabalhar em liberdade enquanto não estiverem livres da permanente ameaça da violência”.