Jornalistas preocupados com liberdade de imprensa em Macau

Estudo organizado pela Associação de Imprensa em Português e Inglês macaense revela que estes profissionais manifestam preocupações com a situação no território.

Três quartos dos 44 jornalistas que responderam ao inquérito organizado, no ano passado, pela Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) confessaram ter passado por “experiências restritivas de âmbito político, económico, social, cultural e institucional”, mostrando-se preocupados com a liberdade de imprensa no território.

Segundo o South China Morning Post, em conjunto com o estudo, o presidente da AIPIM, José Carlos Matias, referiu-se mesmo à existência de “vários incidentes perturbadores” que tiveram lugar já depois da realização do estudo, entre julho e novembro do ano passado.

Entre os casos mais preocupantes, Matias lembrou a proibição de entrada no território imposta a jornalistas que pretendiam acompanhar os efeitos do tufão Hato e também o sucedido quanto às eleições legislativas.

“Estas decisões das autoridades tornaram-se um lugar-comum e revelam uma tendência preocupante, apontando para restrições aos movimentos dos jornalistas e um golpe na liberdade de imprensa dos nossos camaradas de Hong Kong”, disse José Carlos Matias, uma vez que alguns dos impedidos eram profissionais de media vindos de Hong Kong.

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