Dois jornalistas portugueses, Carlos Filipe Espinho Rodrigues e Vítor Jorge Ribeiro de Caldas, ganharam o Novo Nordisk Media Prize 2006 na categoria de melhor trabalho televisivo, com uma reportagem sobre a diabetes intitulada “Montanha Mágica”, divulgada na SIC.

Na área da imprensa escrita, o vencedor foi o jornalista sul-africano Tom Nevin, que publicou na revista “Men’s Health” uma peça sobre o progresso silencioso da doença em que apontava algumas causas para o facto de a diabetes estar a atingir pessoas cada vez mais jovens.

Os galardões, entregues aos jornalistas a 12 de Setembro numa cerimónia em Copenhaga, incluem um montante de 10 mil euros para cada categoria do concurso, que este ano teve a participação de mais de 200 artigos escritos e 15 reportagens televisivas.

O Novo Nordisk Media Prize foi criado em 2003 pela multinacional farmacêutica Novo Nordisk, para quem a comunicação social tem um papel fundamental em alertar para a diabetes, que mata uma pessoa no mundo a cada 10 segundos.

Em “Montanha Mágica”, os repórteres Carlos Filipe Espinho Rodrigues e Vítor Jorge Ribeiro de Caldas acompanharam um grupo de jovens diabéticos que escalaram o Kilimanjaro na Tanzânia.

Por seu lado, em “Type 2, Time Bomb” (sobre a diabetes tipo 2), Tom Nevin refere a actual proporção de epidemia, que evolui enquanto o governo da África do Sul tenta controlar outras doenças, como a sida, a tuberculose e a malária, e aponta algumas causas para o crescente impacto da doença, caso do estilo de vida sedentário e da falta de exercício e de uma alimentação saudável.

Simon Heller, presidente do júri que atribuiu a distinção, explicou que os jurados foram conquistados pela forma sensível como os jornalistas portugueses mostraram que os diabéticos podem aceitar desafios que parecem reservados às pessoas saudáveis, e como o repórter sul-africano abordou as duras mudanças de estilo de vida impostas pela doença.