A organizaçãpo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou a evacuação forçada, pela polícia iraquiana, dos jornalistas da cidade de Najaf.

“Denunciamos a imposição de um blackout informativo totalmente inadmissível. Trata-se de uma decisão sem precedentes no Iraque”, afirma a RSF, sublinhando que os jornalistas foram obrigados a abandonar aquela cidade iraquiana quando as autoridades anunciaram uma “grande ofensiva” contra os rebeldes xiitas. Os jornalistas recalcitrantes foram mesmo ameaçados com a prisão, refere a RSF.

A organização pediu às autoridades que reconsiderassem a sua decisão, afirmando ser “indispensável a presença de jornalistas no lugar, porque sempre se cometem as piores atrocidades na ausência de testemunhas”. Para a RSF, os “repórteres devem ser os únicos a decidir se se vão embora por razões de segurança”.

A ordem de evacuação foi dada aos jornalistas às 10 horas da manhã de 15 de Agosto de 2004, quando o chefe da policia de Najaf anunciou que o Ministério do Interior iraquiano havia decidido que os jornalistas, nacionais e estrangeiros, abandonassem a cidade santa xiita no prazo de duas horas.

Segundo a Associated Press, durante a ofensiva só ficaram em Najaf os jornalistas que acompanham o exército norte-americano.