Jornalistas norte-americanas condenadas a 12 anos de trabalhos forçados

O Tribunal Central norte-coreano, a mais alta instância judicial daquele país asiático, condenou as jornalistas norte-americanas Euna Lee e Laura Ling a 12 anos de trabalhos forçados por alegada entrada ilegal na Coreia do Norte e “actos hostis”.

Após a sentença ser conhecida, organizações como a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) instaram as duas Coreias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos a fazer os possíveis por anular a pena decidida num julgamento à porta fechada e assegurar a libertação das duas jornalistas da Current TV.

Aidan White, secretário-geral da FIJ, lamentou que Laura Ling e Euna Lee estejam “a ser usadas como peões políticos e a sofrer uma injustiça e uma desumanidade intoleráveis”, sublinhando que ambas “deveriam ser libertadas de imediato e as queixas contra elas abandonadas”.

“Relatar uma situação humanitária não é um acto hostil nem criminoso. Estas duas jornalistas deveriam poder regressar a casa imediatamente”, afirmou o coordenador do CPJ para a Ásia, Bob Dietz, enquanto a RSF classificou a sentença como uma tentativa de intimidar quem pretende fazer jornalismo de investigação junto à fronteira da China com a Coreia do Norte.

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