Jornalistas mortos em Timor em 1975 terão sido executados

Os cinco jornalistas australianos mortos em Balibo, Timor-Leste, aquando da invasão do território pela Indonésia em 1975, foram executados por ordem do exército indonésio e não mortos devido ao fogo cruzado, noticiou recentemente a imprensa australiana, avançando que em Fevereiro de 2007 serão ouvidos novos testemunhos, anteriormente silenciados, no âmbito do inquérito a este caso.

Os novos testemunhos serão produzidos por dois antigos advogados do governo australiano, que dizem ter visto um texto de um sinal militar indonésio, interceptado pelo Australian Defence Signals Directorate, que sugere que as mortes foram ordenadas por generais em Jacarta.

No entanto, segundo o sindicato de jornalistas australiano, declarações do procurador-geral Philip Ruddock dão a entender que o governo poderá não tornar público esse material secreto.

Reagindo a estas notícias, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) emitiu um comunicado em que exige justiça e a condução aberta e transparente do inquérito, por forma a permitir a admissão de todas as provas disponíveis.

Foi a 16 de Outubro de 1975 que o repórter Greg Shackleton, o técnico de som Tony Stewart e o operador de câmara Gary Cunningham, todos da emissora australiana Channel Seven, e o repórter Malcolm Rennie e o operador de câmara Brian Peters, do Channel Nine, foram mortos em Balibo por tiros indonésios.

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