Kevin Doyle e Sok Ratha foram libertados, a 28 de Julho, pelas autoridades do Camboja, após três dias de detenção. A Federação Internacional de Jornalistas considera-os vítimas de censura e intolerância.
Os dois jornalistas tinham sido detidos quando faziam uma reportagem sobre a imigração de refugiados vietnamitas para o Norte do Camboja.
Kevin Doyle, de nacionalidade irlandesa e chefe de redacção do jornal “The Cambodia Daily”, e Sok Ratha, repórter cambojano da “Radio Free Asia”, foram presos sob a acusação de tráfico de seres humanos.
Congratulando-se com a libertação dos dois camaradas de profissão, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) manifestou uma vez mais a sua perplexidade face à acusação que lhes foi feita, sublinhando que a única explicação plausível é que tenham sido “vítimas de censura e intolerância por parte das autoridades”.
Relembrando o “brutal assassinato” de Chou Chetharith, um editor de política sénior da rádio Ta Prum, em Outubro de 2003, apenas alguns dias depois de o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, o ter acusado de insultar o seu partido, a FIJ adverte que o Camboja “necessita desesperadamente” de uma informação profissional e séria para dar crédito à democracia e resolver a crise actual do país. “Um clima de medo e intimidação fará o país regredir”, afirma a FIJ.