Jornalistas franceses libertados no Iraque

Os jornalistas franceses Christian Chesnot e Georges Malbrunot, sequestrados em Agosto no Iraque, foram libertados a 21 de Dezembro, após quatro meses de cativeiro.

A notícia foi inicialmente avançada pela estação televisiva “Al Jazeera” e, mais tarde, confirmada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Hervé Ladsous, que adiantou que os dois jornalistas regressam a França hoje, 22 de Dezembro.

Christian Chesnot, repórter da “Radio France Internationale”, e Georges Malbrunot, enviado especial do “Le Figaro”, desapareceram no Iraque a 20 de Agosto, quando se dirigiam de Bagdade para Najaf.

Dias depois soube-se que tinham sido raptados pelo Exército Islâmico do Iraque – o mesmo grupo que reivindicou o assassinato do jornalista italiano Enzo Baldoni –, o qual começou por exigir às autoridades francesas a revogação da lei de símbolos religiosos, que impede as jovens muçulmanas de usarem o véu nas escolas públicas.

Junto com eles esteve também o motorista sírio Mohamed al-Joundi, que em Novembro foi encontrado vivo e agrilhoado numa casa de Fallujah por soldados norte-americanos.

Durante os quatro meses de cativeiro dos dois jornalistas, a diplomacia francesa desenvolveu diversas diligências, consciente das dificuldades do processo mas confiante numa saída positiva.

Segundo a “Al Jazeera”, os sequestradores afirmaram em comunicado que a libertação de Christian Chesnot e Georges Malbrunot se devia aos apelos de grupos islâmicos, ao facto de não serem espiões dos EUA e ainda como forma de apreço pela posição francesa na questão iraquiana e pela posição dos jornalistas quanto ao conflito israelo-palestiniano.

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