Jornalistas espanhóis agredidos em Marrocos

Um grupo de civis marroquinos agrediu dois jornalistas espanhóis e outros observadores internacionais na sala do Tribunal de Primeira Instância de Casablanca, onde decorria o julgamento de sete activistas sarauís acusados de atentar contra a segurança do Estado.

Os jornalistas Antonio Parreño, da TVE, e Eduardo Marín, da Cadena Ser, foram alvo de insultos, pontapés e socos que lhes deixaram marcas na cara e no corpo, tendo sido resgatados da multidão por polícias à paisana, que de pronto os ouviram e solicitaram as imagens obtidas, para as eliminar.

O secretário-geral da Federação de Sindicatos de Jornalistas espanhola (FeSP), Dardo Gómez, manifestou total repúdio a estas agressões que, no seu entender, “foram propiciadas pelas inoportunas palavras do ministro marroquino” dos Negócios Estrangeiros, que acusou a imprensa espanhola de difundir informações “parciais” sobre o conflito sarauí, que opõe Marrocos à Frente Polisario.

Contudo, o dirigente sindical acrescentou que não se pode retirar uma quota parte de responsabilidade “ao jornalismo de trincheira que se está a fazer em alguns meios de um e de outro lado e que, com frequência, retocam a seu gosto as informações que recebem dos correspondentes e as adornam de discursos nacionalistas que em nada contribuem para a informação, antes agitando ainda mais as águas da intolerância”.

Partilhe