Jornalistas do “Sol” acusados de perturbar investigação

O Ministério Público acusou cinco jornalistas e a advogada do semanário “Sol” de terem perturbado a investigação do processo “Face Oculta” com a revelação das escutas telefónicas sobre a tentativa da PT para comprar a TVI.

Segundo notícia do “DN”, a procuradora Maria de Lurdes Pereira, do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), explicou que a investigação foi perturbada pelos boatos de que teriam sido elementos da investigação do caso “Face Oculta” que teriam procedido à divulgação das transcrições das conversas, lançando sobre esses investigadores “públicas acusações de ‘espionagem política’”.

A procuradora reconhece que os factos noticiados pelo “Sol” tinham “gravidade e interesse público face às fortes incidências económicas e políticas”, mas contrapôs que não podiam ser divulgadas por se encontrarem em segredo de justiça.

A acusação do Ministério Público considera que foi através da constituição de Vítor Rainho – um dos agora arguidos, a par de Felícia Cabrita, Ana Paula Azevedo, Luís Rosa, Graça Rosendo e a advogada Fátima Esteves – como assistente no processo “Face Oculta” que o jornal obteve as transcrições das escutas, pois Vítor Rainho e Fátima Esteves consultaram todos os elementos do processo num compartimento cedido pelo DIAP de Aveiro, em condições de completa liberdade de consulta e manipulação, tendo por meio não apurado logrado tirar fotocópias de tais elementos.

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