Jornalistas detidos no Sudão

Três profissionais foram presos quando faziam a cobertura de manifestações contra a subida dos preços de bens alimentares.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condenou a detenção de três profissionais de comunicação social no Sudão e exigiu a sua libertação imediata. Os jornalistas foram presos quando realizavam o seu trabalho de acompanhamento em relação a manifestações contra os aumentos dos preços de bens alimentares, sobretudo pão e açúcar.

A FIJ cita notícias que relatam as detenções, registadas na cidade de Omdruman, segundo as quais um dos jornalistas presos é Abu Idris Ali, de 51 anos, ex-jornalista da France Presse durante cerca de dez anos.

“As autoridades sudanesas foram demasiado longe ao prenderem jornalistas quando estes estavam apenas a fazer o seu trabalho. Trata-se de verdadeiros atos de intimidação e assédio, através dos quais o Governo tenta impedir que os cidadãos do país e do mundo sejam informados sobre aquilo que, de facto, se passa no Sudão. Condenamos estas ações de forma clara e exigimos justiça”, sustentou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

“O Governo sudanês deve respeitar os direitos humanos básicos, em especial a liberdade de expressão”, acrescentou Bellanger. “Os cidadãos do seu país, incluindo jornalistas e restantes profissionais de comunicação social, têm o direito de procurar, receber e partilhar a informação e quaisquer obstáculos impostos a estes direitos são uma violação indesculpável.”

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