Dois jornalistas foram detidos por militares e um fotojornalista foi agredido no Sri Lanka, denunciou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que condena a deterioração da liberdade de imprensa no país e relembra que ainda há uma colaboradora de um jornal que está detida ao abrigo de leis antiterroristas.

As detenções de Saman Janaka e Jayasiri Wikramasingha, do semanário “Sathdina Sinhala”, ocorreram a 5 de Novembro durante um encontro com líderes sindicais na sede da Sri Lanka Telecom, que está situada numa zona de alta segurança.

Os jornalistas foram levados para uma esquadra e interrogados durante cinco horas, tendo-lhes sido ainda confiscada uma máquina fotográfica de rolo e fotografias de um protesto de funcionários da empresa de telecomunicações.

Na semana anterior, a 28 de Novembro, o fotojornalista Asoka Fernando, do “The Sunday Leader”, foi agredido, sofrendo ferimentos ligeiros, e viu a sua câmara ser esmagada por agentes da polícia que não gostaram que o repórter os fotografasse em confrontos com civis num templo de Pannipitiya.

A FIJ lembra ainda que Parameswaree Maunasámi, colaboradora do semanário “Mawbima”, está detida desde 24 de Novembro ao abrigo de leis antiterroristas, sem que até ao momento as autoridades tenham formalizado qualquer acusação contra a repórter.