Jornalistas de Porto Rico processam FBI

Um grupo de jornalistas porto-riquenhos processou o FBI, a 20 de Setembro, alegando que os seus direitos foram violados quando agentes daquela força policial agrediram mais de 20 repórteres que aguardavam no exterior de uma casa que ia ser alvo de uma rusga.

A queixa, interposta pela American Civil Liberties Union (ACLU) de Porto Rico junto do Tribunal de San Juan, afirma que os agentes esmurraram repórteres, agrediram-nos com bastões e lançaram-lhes spray numa tentativa deliberada de os impedir de filmar e noticiar o raide de 10 de Fevereiro a casa da activista independentista Lilian Laboy, da Coordinadora Rompiendo El Perímetro.

O objectivo dos repórteres é obter uma declaração de que a interferência dos agentes no seu trabalho de reportagem é inconstitucional, uma ordem judicial que proíba o FBI de levar a cabo novas interferências e indemnizações em dinheiro não especificadas.

Segundo William Ramirez, advogado da ACLU, uma eventual vitória do FBI em tribunal fará com que os agentes se possam “virar contra a imprensa quando esta decidir cobrir algo que as autoridades não queiram ver coberto”.

Contudo, o advogado está confiante de que vai ganhar a causa, uma vez que existem provas em vídeo de que a imprensa não teve qualquer actuação indevida para com o FBI, organização que é acusada por William Ramirez de não respeitar os direitos dos jornalistas de Porto Rico de forma igual à dos repórteres do resto dos territórios sob administração norte-americana.

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