Jornalistas da Polónia e de Itália expulsos de Cuba

As autoridades cubanas expulsaram a 20 de Maio cinco jornalistas estrangeiros que se haviam deslocado a Havana para cobrir um encontro da Assembleia para Promover a Sociedade Civil, no qual iam estar presentes vários opositores ao regime de Fidel Castro.

Os jornalistas detidos e posteriormente expulsos de Cuba foram os italianos Francesco Battistini, do “Corriere della Sera”, e Francesca Caferri, do “La Repubblica”, e os polacos Seweryn Blumsztajn, do diário “Gazeta Wyborcza”, Jerzy Jurecki, do diário regional “Tygodnik Podhalanski”, e Wojciech Rogasin, da “Newsweek”, assim como o intérprete destes últimos, Maciej Sarna.

Segundo autoridades cubanas, os jornalistas foram alvo da acção policial porque viajaram para o país com vistos de turistas, em vez de vistos de jornalistas, como é exigido pela lei da ilha, e ainda por terem efectuado “contactos ilegais”.

A prisão e expulsão dos cinco jornalistas mereceu o protesto da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), para a qual “o regime cubano perde toda a credibilidade e apoio internacional sempre que leva a cabo campanhas de intimidação dos média”.

A organização exigiu ainda que todos os jornalistas presos – cubanos ou estrangeiros – fossem libertados de imediato, numa alusão clara à mega-operação que teve lugar há dois anos e que originou o encarceramento de quase três dezenas de profissionais, os quais foram depois condenados a penas entre 14 e 27 anos de prisão.

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