Jornalistas condenados a trabalhos forçados no Iémen

O tribunal de Sana’a deliberou, a 29 de Dezembro, a suspensão por um ano do jornal privado “Al Hurriya”, e sentenciou os jornalistas iemenitas Abdulkareem Sabra e Abdulqawi Al Qubati a dois anos de prisão com trabalhos forçados.

Os dois jornalistas foram condenados devido a um artigo crítico para com o presidente Ali Abdallah Saleh, publicado na edição de 6 de Outubro de 2004 do “Al Hurriya”, o que levou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) a considerar “incompreensível” aquela que é “a mais pesada pena de prisão desde que o Iémen se reunificou”, uma vez que o governante se tinha revelado favorável à abolição das penas de prisão para os crimes de imprensa.

Os advogados do sexagenário Abdulkareem Sabra – hospitalizado com diabetes – e de Abdulqawi Al Qubati – escondido das autoridades -, decidiram recorrer da sentença.

No entanto, o “Al Hurriya” foi encerrado a 3 de Janeiro de 2005 pela polícia, que entrou nas instalações e forçou todo o pessoal a sair, selando a entrada. O encerramento do jornal lançou no desemprego cerca de vinte jornalistas e colaboradores do “Al Hurriya”.

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