Jornalistas chineses são alvo de violência

Os jornalistas chineses, além da censura e da perseguição das autoridades, enfrentam a violência de indivíduos ou de grupos implicados em casos de crimes e de corrupção relatados pelos média, segundo um relatório do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) divulgado a 24 de Agosto.

O relatório, denominado “Novo Jornalismo e Novas Ameaças”, foi elaborado por Sophie Beach com base em 20 entrevistas feitas durante uma missão na China e com base numa pesquisa efectuada pelo CPJ no ano passado.

Censura, detenção, acções nos tribunais e prisão são ameaças a que os jornalistas têm estado sujeitos na China. Quarenta e dois jornalistas estão actualmente presos, a maioria por revelar casos de corrupção entre funcionários da alta hierarquia do Estado, por advogarem reformas políticas ou por tratarem de temas proibidos pelas autoridades.

Apesar de ser uma rotina em muitos países asiáticos, na China a violência contra jornalistas executada a mando de pessoas e grupos alvo das suas investigações é um fenómeno novo e em crescimento. O abrandamento do controlo social e a privatização da economia geraram um ambiente onde o crime violento e a actuação à margem da lei é cada vez mais comum, assinala o relatório do CPJ que salienta não estar o Governo preparado para defender activamente os jornalistas e o direito à liberdade de expressão.

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