Jornalistas arguidos não prestaram declarações ao Tribunal

Os jornalistas que começaram a ser julgados, hoje, dia 6, no Tribunal Criminal do Porto, acusados de crimes de violação do segredo de justiça, alegadamente cometidos no âmbito do “processo Casa Pia”, não prestaram declarações, o que levou à suspensão da sessão. O julgamento é retomado dia 8, com a inquirição das testemunhas.

O número de jornalistas inicialmente acusados neste processo era muito superior, mas os tribunais das comarcas de Lisboa e Oeiras, concelhos da localização das sedes dos órgãos de comunicação social onde os jornalistas trabalhavam, decidiram que não houve violação do segredo de justiça e os processos foram arquivados.

Entendimento diferente teve o Tribunal Criminal do Porto, que vai julgar 16 jornalistas: quatro deles então a trabalhar no “Público”, António Arnaldo Mesquita, Maria José Oliveira, Nuno Sá Lourenço e Luciano Alvarez; três no “Jornal de Notícias”, Tânia Laranjo, Carlos Tomás e Manuel Vitorino; os então directores do “Público”, José Manuel Fernandes, Nuno Pacheco, Manuel Carvalho, Daniel Deusdado e Eduardo Dâmaso; mais os directores do “JN”, José Leite Pereira, David Pontes, Alfredo Leite e António José Teixeira.

No tribunal compareceu também o presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, para expressar a sua solidariedade com os arguidos, e manifestar a convicção de que “será feita justiça e se reconhecerá que todos fizeram o melhor que sabiam para defender o direito do público à informação”, segundo noticiou a Lusa.

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