Jornalistas ameaçados de morte no Bangladesh

Sumi Khan, Samaresh Baidya e Jubayer Siddiqui, três jornalistas da cidade de Chittagong, no Bangladesh, receberam cartas contendo ameaças de morte de um grupo que se identifica como a ala estudantil do partido fundamentalista Jamaat-e-Islami.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) já lamentou que “as ameaças aos jornalistas se tenham tornado num aspecto alarmante da rotina profissional” e apelou às autoridades do país para que empreguem todos os meios aos seu dispor no sentido de protegerem os três jornalistas e assegurarem à comunicação social o direito a trabalhar sem receio de vinganças.

Jubayer Siddiqui, do semanário “Ajker Surjodoy”, recebeu a carta a 10 de Março, a mesma data em que uma missiva similar chegou às mãos de Samaresh Baidya, repórter do diário “Bhorer Kagoj”. Sumi Khan, jornalista de investigação para a revista “Weekly 2000”, recebeu a carta no dia 12.

A carta de Samaresh Baidya dizia que ele seria morto se não parasse de criticar a ala estudantil do Jamaat-e-Islami. Por seu lado, Sumi Khan, que regressou ao Bangladesh no dia 10 após se ter deslocado a Londres para receber o prémio jornalístico da Index on Censorship, também escreveu que os líderes do partido estavam envolvidos em actividades criminosas.

Em Abril de 2004, esta jornalista foi brutalmente agredida por três atacantes não identificados que a esfaquearam, acusando-a de ter “ido longe demais” no seu trabalho jornalístico.

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