Jornalistas alemães contestam vigilância policial

Um grupo de jornalistas, advogados e médicos apresentaram uma queixa ao Tribunal Constitucional Federal da Alemanha contra uma lei antiterrorista que aumenta os poderes da polícia para vigiar secretamente os cidadãos e que está em vigor desde 1 de Janeiro.

Segundo os queixosos, a lei, conhecida como BKA, contém provisões que podem enfraquecer o direito dos jornalistas a proteger a confidencialidade das suas fontes, algo que “prejudica a capacidade dos média realizarem trabalhos de investigação e põe em perigo a boa reputação alemã de apoio à liberdade de imprensa”, afirmou o director do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), David Dadge.

A queixa de 54 páginas refere frequentemente os danos que a lei pode infligir às exigências de confidencialidade profissional de médicos, advogados e jornalistas, sendo que estes últimos temem ainda eventuais retaliações de fontes que sintam que o acordo de confidencialidade tenha sido quebrado.

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