Deyda Hydara, correspondente da Agence France Presse (AFP) na Gâmbia desde 1974, foi assassinado na noite de 16 para 17 de Dezembro com três tiros na cabeça, quando saía do seu escritório em Banjul, capital daquele país africano.

Além do trabalho para a AFP, este jornalista de 58 anos era editor e co-proprietário do semanário “The Point”, colaborador da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e conhecido pelas suas críticas frequentes ao governo.

Três dias antes deste ataque – que feriu ainda dois funcionários do “The Point” – a Assembleia Nacional aprovou leis que tornaram todas as ofensas de imprensa puníveis com pena de prisão e aumentaram em cinco vezes o custo de uma licença de funcionamento para jornais.

Deyda Hydara era um forte opositor de ambos os documentos, que estão actualmente a aguardar a assinatura do presidente Yayah Jammeh e são um contraponto à recente vitória dos jornalistas contra a existência de uma comissão de média, dissolvida a 13 de Dezembro por ser considerada um mecanismo de controlo do pensamento.