Jornalista tamil acusado de terrorismo

O repórter tamil J.S. Tissainayagam, também conhecido por Tissa, é o primeiro jornalista do Sri Lanka a ser acusado de terrorismo pelo exercício da profissão, denuncia a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que lançou uma campanha em prol da sua libertação.

Jornalista e colunista ao serviço do “The Sunday Times”, Tissa foi detido a 7 de Março pelo Departamento de Investigação de Terrorismo e passou cinco meses sob custódia sem que qualquer acusação concreta lhe fosse feita.

Inicialmente, especulou-se que a detenção estivesse relacionada com um sítio noticioso tamil editado pelo jornalista, mas elementos da imprensa local revelaram ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) que esse sítio era inofensivo.

Só me Agosto se soube que Tissa era acusado de promover o terrorismo através da revista “Northeastern Monthly”, editada durante um breve período em 2006 e que ficou conhecida pelas críticas ao papel do governo na guerra civil no Sri Lanka.

Revelando estranheza pelo facto de esta acusação ter demorado dois anos a ser produzida, a FIJ e muitos outros apoiantes de Tissa acreditam que o governo recorreu a uma lei anti-terrorista com 30 anos de existência para calar o jornalista.

A campanha da FIJ em prol da libertação de Tissa está incluída numa conjunto mais vasto de acções intitulado “Parem a Guerra aos Jornalistas no Sri Lanka”, dado que o desde 2006 já foram mortos mais de uma dúzia de profissionais dos média naquele país da Ásia sem que qualquer dos culpados fosse levado perante a justiça.

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