Jornalista russa acusada por denunciar violência doméstica

O Tribunal Distrital de Krasnoiarsk, na Sibéria, decidiu instaurar um processo-crime contra a jornalista e deputada municipal Marina Dobrovolskaia, acusando-a de ter “violado a vida privada” ao mostrar no programa televisivo “Budni” cenas de violência doméstica, nas quais uma mulher espancava a filha adoptiva.

Caso seja condenada, a jornalista poderá ser impedida de exercer jornalismo por um período até cinco anos, o que a leva a considerar que este processo visa “acabar com o jornalismo livre na região” e castigá-la por “ter recebido um prémio internacional de jornalismo”, atribuído pela fundação do milionário norte-americano de origem húngara George Soros.

Redacção de diário demite-se em bloco

Ainda na Rússia, mas na região de Khanta-Mansisk, há a registar a demissão em bloco, a 16 de Novembro, da redacção do diário “Cidade”, em protesto contra a decisão da direcção do jornal de suspender a publicação de uma edição em que eram revelados os apelidos de funcionários públicos ligados a um desvio de fundos do orçamento local, e de encerrar a versão electrónica do diário, duas horas depois de lá ter sido publicada a mesma notícia.

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