Qaed al-Tairi, jornalista do semanário “Al-Thawri” e funcionário do Ministério da Informação do Iémen, foi raptado a 11 de Março e agredido por homens encapuzados que o ameaçaram de morte.
Em declarações ao Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), o jornalista diz ter sido levado para a zona de Wadi Thaqban, onde os agressores lhe deram choques eléctricos e ameaçaram partir-lhe os dedos, dizendo que ele tinha “pisado o risco” ao criticar figuras públicas e que se arriscava a ser morto, caso continuasse a escrever a sua coluna no jornal, onde recentemente defendeu o direito das mulheres a concorrerem a eleições.
Segundo o jornalista, os agressores avisaram-no de que os seus familiares poderiam vir a ser raptados.
O rapto e a agressão foram denunciados à polícia e ao gabinete de combate ao crime organizado e prevenção do terrorismo do Ministério do Interior iemenita, mas até ao momento não se registaram quaisquer desenvolvimentos.
Preocupado com este caso e com o número de ataques que se têm verificado no Iémen nos últimos dois anos, o CPJ apelou ao governo daquele país do Médio Oriente para que condene publicamente os crimes e intimidações contra membros da imprensa e que conduza os responsáveis perante a Justiça.