Jornalista preso por “rebelião” na Colômbia

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) mostra-se apreensiva face à prisão do jornalista de rádio Emiro Goyeneche, detido na província colombiana de Arauca a 20 de Agosto por suspeita de colaborar com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional.

A organização apelou já a que a situação seja urgentemente clarificada e ao respeito pelos direitos do jornalista, detido durante uma operação militar sob a acusação de rebelião, enquanto realizava o seu programa matinal na estação Sarare Estereo.

Numa carta ao procurador-geral colombiano, Luis Camilo Osorio, a RSF sublinha que as acusações contra Emiro Goyeneche têm apenas por base a palavra de supostos guerrilheiros desertores, o que pode gerar sérios erros legais.

Emiro Goyeneche e outras 29 pessoas detidas por rebelião foram levadas para a capital, Bogotá, onde o jornalista se encontra desde 22 de Agosto. Já em Abril o jornalista fora da cidade de Saravena, em Arauca, para Bogotá, após aparecer na lista negra de uma organização paramilitar de extrema-direita, e obteve protecção governamental no âmbito do programa de protecção a jornalistas ameaçados.

Mais tarde regressou à rádio em Saravena, mas não difundia notícias de temas ditos “sensíveis”, para evitar contendas com os grupos armados e com as autoridades colombianas.

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