Mazen al-Tomaizi, jornalista palestiniano da televisão árabe Al-Arabiya, relatava a 12 de Setembro em directo de Bagdade quando foi atingido mortalmente por mísseis disparados a partir de helicópteros que voavam a baixa altitude.
Segundo a edição de 13 de Setembro do “Le Monde”, os mísseis disparados na direcção de uma multidão que se encontrava junto a um veículo de combate norte-americano em chamas provocaram ainda ferimentos ligeiros num operador de câmara da agência Reuters e num fotógrafo da agência Getty, ambos iraquianos.
Os jornalistas estavam no centro de Bagdade a acompanhar os violentos combates entre GIs e guerrilheiros, os quais decorreram durante três horas na manhã de domingo, provocando uma dúzia de mortos e várias dezenas de feridos.
Em nota entretanto divulgada, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) manifestou o seu apoio às manifestações de protesto nos territórios palestinianos contra o assassinato de Mazen Al-Tomaizi.
Para a FIJ, a revolta dos jornalistas palestinianos é compreensível. “Mais uma vez, um trabalhador jornalista, transportando nada mais perigoso do que um microfone, é mortalmente alvejado nas ruas sem qualquer explicação”, afirmou o secretário geral da FIJ, Aindan White, sublinhando que “esta tragédia reforça as nossas exigências de justiça para os jornalistas que foram mortos no Iraque pelo dito ‘fogo amigo.'”
Desde a invasão do Iraque, no ano passado, a FIJ já contabilizou 13 jornalistas e pessoal dos média mortos em circunstâncias sem explicação satisfatória, num total de 52 baixas entre os trabalhadores de órgãos de comunicação social.