O jornalista freelance norte-americano Nicholas Schmidle foi borigado a sair do Paquistão a 11 de Janeiro devido a um artigo escrito para a edição de 6 de Janeiro da New York Times Magazine intitulado Next-Gen Taliban, para o qual entrevistou c
De acordo com o porta-voz governamental Chaudhry Rashid, Nicholas Schmidle não é um jornalista, é um investigador, e não foi expulso do país, antes saiu para evitar a sua deportação, depois de ter sido visitado a 6 de Janeiro por membros dos serviços secretos e ter recebido no dia seguinte uma ordem de deportação da polícia local.
Esta é a segunda vez em dois meses que jornalistas são obrigados a sair do Paquistão pelas autoridades, depois de a 11 de Novembro os britânicos Isambard Wilkinson e Colin Freeman (Daily Telegraph) e Damien McElroy (Sunday Telegraph) terem recebido ordem para abandonar o país em 72 horas na sequência de um editorial do Daily Telegraph crítico do presidente Pervez Musharraf.
As organizações de defesa da liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) vêem com preocupação a situação da comunicação social no país, sobretudo porque dentro de um mês é suposto haver eleições no país e silenciar a imprensa é a pior táctica para promover a calma.
Nos últimos meses, o Paquistão tem sido bastante criticado por limitar a liberdade dos seus profissionais, sobretudo os dos meios audiovisuais, o que levou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Sindicato Federal de Jornalistas do Paquistão a exigir a suspensão da Autoridade Reguladora dos Média Electrónicos (PEMRA), que tem sido uma das instituições usadas para restringir a cobertura de assuntos sensíveis para o governo.