Jornalista morto devido a agitação no Egipto

O repórter Mohammed Mahmoud, do jornal “Al-Taawun”, morreu a 4 de Fevereiro num hospital do Cairo, na sequência de ferimentos causados pelos disparos de um sniper a 28 de Janeiro. É o primeiro jornalista a morrer em consequência da agitação social no Egipto.

Naquele país do Norte de África os jornalistas têm sido agredidos, detidos, sequestrados e intimidados, situação que levou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) a apelar aos chefes de Estado europeus para que protestem vigorosamente junto das autoridades egípcias, exigindo que estas garantam à classe a possibilidade de noticiar a situação em segurança.

A FIJ e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) condenaram também a incitação à violência gerada pela televisão estatal, que culpou os jornalistas estrangeiros pela agitação social, bem como a censura em vigor nas emissoras estatais, a qual já levou à demissão de Shaheera Amin, pivot da Nile TV, em protesto pela falta de autorização superior para cobrir os acontecimentos na Praça Tahrir.

De acordo com o CPJ, houve pelo menos 114 ataques directos a jornalistas ou instalações de órgãos de comunicação social durante a passada semana, afectando profissionais e órgãos da Austrália, do Canadá, da China, do Egipto, dos Emiratos Árabes Unidos, dos Estados Unidos, de França, da Holanda, do Líbano, do Paquistão, do Qatar e do Reino Unido.

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