As autoridades mexicanas encontraram o corpo sem vida do jornalista Eliseo Barrón Hernández, repórter do diário “La Opinión” que fora raptado de sua casa na cidade de Gómez Palacio, no norte do México, na noite de 25 de Maio.

O repórter de 35 anos cobria casos de polícia há uma década e poucos dias antes do rapto noticiara um escândalo de corrupção na polícia de Torreón, que resultara no despedimento de 302 agentes e na investigação de pelo menos outros 20.

O assassinato está a ser investigado pelas autoridades federais, o que poderá ser positivo para o desfecho do caso, uma vez que estudos do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) mostraram que as autoridades locais e estaduais mexicanas têm sido ineficazes na resolução de crimes contra jornalistas e, em alguns casos, são mesmo cúmplices desses crimes.

A mesma organização relembrou que em Abril a Câmara de Deputados do México aprovou uma medida que penaliza crimes contra a actividade jornalística, que entretanto ficou parada no Senado, o que levou Joel Simon, director-executivo do CPJ, a instar os legisladores mexicanos a “actuar para proteger os direitos básicos dos cidadãos mexicanos”.