Ao início da manhã de 15 de Dezembro, o jornalista iraquiano Ali Shafeya al-Moussawi, correspondente do sítio Web “Alive in Baghdad”, foi encontrado morto em sua casa com 31 tiros, noticiou o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

Segundo o “Alive in Baghdad”, o corpo do jornalista foi encontrado depois de forças da Guarda Nacional Iraquiana terem efectuado um raide à rua onde o repórter residia, entre as 11 da noite de sexta-feira e as 3 da manhã de sábado. O mesmo sítio afirma que Ali Shafeya al-Moussawi recebera ameaças na semana anterior e estava a trabalhar numa reportagem sobre milícias.

Considerando preocupante que a morte do jornalista tenha ocorrido numa altura em que forças de segurança estavam no local do crime, o CPJ vai tentar determinar se al-Moussawi foi assassinado por motivos profissionais.

De acordo com a mesma organização, 2007 foi até ao momento o ano mais mortífero da década para a imprensa, com a morte de 64 jornalistas em ligação directa com o seu trabalho, estando ainda apurar qual a relação de 22 outras mortes com a actividade jornalística.

Segundo o CPJ, só 1994 teve um saldo superior a este, com a morte de 66 jornalistas, muitos deles em conflitos no Argélia, na Bósnia e no Ruanda. A 2 de Janeiro de 2008 a organização revelará a sua lista definitiva de jornalistas mortos em 2007 por motivos relacionados com o exercício da actividade.