A “trajectória profissional comprometida e a sua denúncia constante contra a violação dos Direitos Humanos” valeram à jornalista iraquiana Eman Ahmad Khamas o I Prémio Internacional de Jornalismo Julio Anguita Parrado, criado em homenagem ao repórter do “El Mundo” que morreu em 2003, enquanto cobria o conflito no Iraque.

Eman Ahmad Khamas, de 51 anos, trabalhou durante 13 anos para vários títulos iraquianos e em 2003 fundou o Observatório Internacional contra a Ocupação do Iraque, para seguir atentamente as violações dos direitos humanos, culturais, económicos e políticos efectuadas pelas forças que ocupam o território.

Exilada em Espanha desde Setembro de 2006, é igualmente conhecida como produtora de documentários sobre a mulher no Iraque e como autora dos livros “O Ocaso do Império” (2004), “Diários de Resistência” (2004) e “Crónicas do Iraque” (2006).

O galardão – promovido pelo Sindicato de Jornalistas da Andaluzia, em colaboração com a Federação de Sindicatos de Jornalistas (FeSP) e pela Câmara Municipal e a Universidade de Córdoba – será entregue no próximo dia 7 de Abril, data em que se assinalam os quatro anos da morte do jornalista espanhol.

O júri destacou ainda a qualidade das doze candidaturas apresentadas, entre as quais figuravam profissionais de Espanha, Iraque, Portugal, Chile, Peru, Argentina e Itália que desenvolveram trabalho em zonas de conflito armado ou de especial violência social.