Jornalista iraniano impedido de receber prémio

Emadeddin Baghi, jornalista e defensor dos direitos humanos iraniano galardoado com um prémio pela sua coragem no combate à injustiça, não pôde receber o galardão por estar impedido de sair do país.

O passaporte de Emadeddin Baghi foi confiscado a 4 de Outubro no aeroporto de Teerão pelas autoridades iranianas, que proibiram o jornalista de sair do país.

Dada esta situação, Emadeddin Baghi não compareceu à cerimónia realizada a 12 de Outubro, em Nova Iorque, onde lhe seria entregue o Civil Courage Prize, atribuído pela Northcote Parkinson Fund, que assim distingue a sua “persistência na luta contra o mal com grande risco pessoal”.

Jornalista independente com mais de 20 livros publicados, Emadeddin Baghi lidera o Comité para a Defesa dos Direitos dos Prisioneiros, uma organização que defende os intelectuais encarcerados por exporem opiniões pró-democráticas.

Emadeddin Baghi esteve preso entre 2000 e 2003 por ter publicado artigos acerca do papel dos agentes dos serviços de inteligência nas mortes de diversos intelectuais e dissidentes do Irão em 1998 e, mesmo em liberdade, está sob permanente vigilância.

“As autoridades iranianas continuam a perseguir Emadeddin Baghi, mesmo agora que ele está fora da prisão”, critica Ann Cooper, do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), apelando a que o impedimento de sair do país seja imediatamente levantado para que o jornalista possa viajar livremente e fazer o seu trabalho.

Partilhe