Jornalista intimidado e multado na Rússia

O Supremo Tribunal da República russa da Ossétia do Norte deu procedência, no dia 19 de Janeiro, às acusações contra o jornalista Yuri Bagrov, e multou-o em 15 mil rublos (cerca de 500 euros) pelo alegado recurso a documentos falsos para obter a cidania russa.

O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) receia que Yuri Bagrov esteja a ser perseguido devido à cobertura independente que fez do conflito na Chechénia, pelo que a responsável pela organização, Ann Cooper, apelou ao presidente russo, Vladimir Putin, para que garanta que o jornalista possa continuar a exercer a sua profissão.

Yuri Bagrov, cidadão georgiano a trabalhar para a “Associated Press”, já havia sido chamado a tribunal a 17 de Dezembro de 2004 e, no dia 29 do mesmo mês, autoridades locais expulsaram-no de uma conferência de imprensa convocada pelo presidente da Ossétia do Norte depois de agentes da segurança lhe terem revogado a sua acreditação sem explicações.

Ainda em Dezembro de 2004, a mulher de Yuri Bagrov, que estava grávida, recebeu diversas chamadas anónimas de um homem que pedia para falar com “a viúva de Bagrov”.

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