Jornalista Hamza Yalçin libertado em Espanha

Decisão do Supremo Tribunal saudada pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e pela Federação Europeia de Jornalistas (FEJ). Profissional fora preso a 3 de agosto, no seguimento de um mandado internacional emitido pelas autoridades turcas.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) saudaram a decisão do Supremo Tribunal espanhol no sentido da libertação do jornalista Hamza Yalçin que tem dupla nacionalidade (sueca e turca).

Além disso, “uma hora depois de a FIJ organizar uma conferência de imprensa com a participação do ex-magistrado Baltasar Garzón, que concordara em colaborar no apoio legal à defesa de Yalçin, o Executivo espanhol recusou o pedido de extradição das autoridades turcas.

A falta de segurança do profissional de media e de independência num julgamento na Turquia foram os principais motivos para suportar a rejeição do pedido de extradição. Na Turquia, ainda há cerca de 160 jornalistas presos.

Yalçin fora detido a 3 de agosto passado em Barcelona, no seguimento de um mandado internacional emitido pela Turquia através da Interpol por alegada conspiração terrorista.

Desde então, a FIJ e inúmeras organizações jornalísticas e de defesa dos Direitos Humanos exigiram a libertação do jornalista, exercendo pressões e desenvolvendo contactos para que a libertação se tornasse realidade.

No passado mês de agosto, a FIJ citaav a agência turca Dogan que revelou a existência de um mandado de detenção das autoridades turcas para Yalçin desde abril, uma vez que o jornalista teria ligações a um grupo ilegal de extrema-esquerda. Segundo a Turquia, este relacionamento estaria explicado com base em dois artigos publicados pelo jornalista como diretor da revista Odak Dergisi. Além disso, Yalçin era também acusado de “insultar o presidente da Turquia em artigo publicado na revista Focus”.

Desde 1984 que Yalçin, membro da Associação Sueca de Escritores e ligado à Amnistia Internacional, vive exilado na Suécia e dirige a Odak Dergisi, “uma revista de inspiração socialista e crítica do governo turco”.

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