Jornalista francês detido em Caxemira

Freelancer Paul Comiti foi preso no passado dia 10 por alegada “violação relacionada com o visto de entrada”. FIJ exige a libertação imediata.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condenou a detenção e exigiu a libertação imediata do jornalista Paul Comiti, um freelancer francês que foi preso em Caxemira, na Índia, por alegada “violação relacionada com o visto de entrada”, embora este seja válido até dezembro de 2018.

Segundo a FIJ, as autoridades avançaram para a detenção porque Comiti, que visitava a região para realizar pesquisa tendo em conta um documentário da sua autoria, filmou atividades de protesto na região de Caxemira. Comiti foi levado a tribunal e colocado sob detenção desde essa altura.

A FIJ recorda que a região tem sido afetada por um conflito armado e por um movimento separatista desde 1990. “O trabalho dos jornalistas na região tem decorrido sob frequentes ameaças e intimidação dos vários intervenientes no conflito”, sintetiza a FIJ. E, segundo Anthony Bellanger, secretário-geral da organização, “além do bloqueio à informação imposto aos jornalistas locais, é quase impossível a ação da imprensa internacional devido à dificuldade em obter vistos de entrada. Para a FIJ, trata-se de restrições que são autênticas tentativas de controlo do acesso à informação, rejeitando-se direitos legítimos dos jornalistas. Ora, o governo da Índia deve garantir os padrões internacionais do relacionamento com a imprensa”.

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