Jornalista doa prémio ao INSI

O jornalista italiano Alessio Vinci, chefe da delegação de Roma da CNN, entregou ao Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) os quatro mil euros que recebeu pela conquista do Prémio de Jornalismo Maria Grazia Cutuli, promovido pelo diário “Corriere della Sera”.

“Espero que esta pequena contribuição possa ajudar a impedir que se voltem a repetir tragédias como a de Maria Grazia [correspondente do “Corriere della Sera” que foi assassinada, juntamente com outros três jornalistas, no Afeganistão, a 19 de Novembro de 2001]”, afirmou Alessio Vinci no seu discurso de aceitação do prémio.

O jornalista italiano aconselhou ainda os aspirantes a repórteres de guerra presentes na sala a não se arriscarem a ir para um cenário de conflito sem a formação devida, pois esta “não é um luxo” – não obstante ser bastante cara –, dado que poderá ser crucial numa situação real.

Reagindo ao donativo – a maior contribuição individual de qualquer jornalista para o trabalho do INSI –, o director da organização, Rodney Pinder, garantiu que o mesmo será empregue no treino de jornalistas para a segurança em cenário de guerra.

Além de Alessio Vinci, premiado na categoria “jornalistas italianos”, a norueguesa Asne Seierstad, autora do livro “O Livreiro de Cabul”, foi considerada a melhor “jornalista estrangeira”, enquanto Letizia Maniaci ganhou a secção “jornalistas italianos emergentes” e a investigadora Francesca Pierantoni viu premiada a sua tese “A idealização do terrorismo. Estratégias de comunicação e construção simbólica dos novos terroristas”.

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