Jornalista do Togo morto em Cabinda

Um ataque armado contra o autocarro da selecção nacional de futebol do Togo no enclave de Cabinda, a 8 de Janeiro, feriu gravemente o jornalista togolês Stanislas Ocloo, bem como do treinador-adjunto Hamelet Abulo, que vieram a falecer no hospital na madrugada do dia seguinte.

Colaborador da TVT, televisão pública do Togo, e chefe de comunicação da associação de futebol togolesa, Stanislas Ocloo foi alvejado por homens encapuçados que abriram fogo sobre o veículo 15 minutos após este ter entrado em Cabinda, oriundo da vizinha República do Congo.

Devido a esta situação, o Togo declarou três dias de luto nacional e abandonou de imediato a Taça das Nações Africanas, que decorre em Angola, tendo o Sindicato de Jornalistas Independentes do Togo classificado o atentado como uma “agressão selvagem”, pela qual as autoridades angolanas devem assumir responsabilidade, dado não terem garantido a devida segurança.

Também o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) apelou às autoridades angolanas para que garantam a segurança dos jornalistas desportivos que estão no país a cobrir a competição e instou-as “a investigar exaustivamente o caso e a levar perante a justiça os responsáveis por este incidente odioso”.

O ataque foi reclamado pela Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda/Posição Militar (FLEC/PM) – que lamentou ter atingido os togoleses – e dois suspeitos foram já detidos.

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