Michaël Didama, director do semanário “Le Temps”, foi condenado a seis meses de prisão por um tribunal do Chade, por alegada difamação e incitamento ao ódio tribal.
Além da pena de prisão, Michaël Didama foi multado em 200 mil francos CFA (cerca de 305 euros) e tornou-se no terceiro jornalista a ser encarcerado por ordem dos tribunais do Chade durante este Verão.
O director de “Le Temps” foi detido e acusado a 22 de Junho, no âmbito de um processo que lhe foi movido por funcionários governamentais devido a um artigo em que o jornalista referia o ressurgimento de um movimento rebelde nas áreas fronteiriças à região sudanesa de Darfur.
Didama foi libertado, a 11 de Julho, por questões processuais, mas o processo prosseguiu, apesar de o Alto Conselho de Comunicação do Chade ter dito, logo no início de Junho, que o jornal não havia incitado ao ódio.
Este caso levou a directora-executiva do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Ann Cooper, a pedir às autoridades que libertem Michaël Didama e acabem com a perseguição aos jornalistas, feita com base em expedientes legais com o objectivo de os silenciar.