Jornalista condenado à morte no Qatar

O jornalista jordano Firas Majali foi condenado à morte no Qatar, por ter praticado actos de espionagem. A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apela à revogação da sentença e diz que a condenação resulta da tensão entre o Qatar e a Jordânia, provocada pela estação de TV Al-Jazeera.

O canal independente daquele país árabe noticiou que Majali, que foi condenado a 24 de Outubro, tem 15 dias para recorrer da sentença. O jornalista jordano estava detido desde Janeiro e os tribunais do Qatar acusaram-o de ter passado para a Jordânia informações sobre os três militares norte-americanos estacionados no emirado do Golfo Pérsico.

“Há todas as razões para duvidar da acusação de espionagem. É o jornalismo que está a ser atacado”, disse Aidan White, secretário-geral da FIJ. “Este jornalista foi apanhado no fogo cruzado de uma guerra em torno da liberdade dos média”, acrescentou.

O conflito entre a Jordânia e o Qatar levou já ao encerramento do escritório da Al-Jazeera em Amã. Há dois meses, a Jordânia chamou o seu embaixador em Doha, após aquela estação indepedente ter emitido uma reportagem considerada ofensiva para a família real jordana.

Partilhe