O repórter freelance Colin Freeman descreveu à imprensa britânica, no início desta semana, a forma como uma multidão em fúria o alvejou, agrediu e arrastou pelas ruas de Bassorá, no dia 14 de Maio.

Segundo o jornalista, a fúria da multidão deveu-se a alegadas fotografias de soldados da coligação a violar mulheres iraquianas. “Estavam convencidos de que eu era um espião britânico”, afirmou ao “Evening Standard” o repórter de 34 anos, confessando que chegou a pensar que ia ser linchado e que é uma sorte estar vivo.

Colin Freeman estava a assistir a uma oração, com a autorização de autoridades locais, quando foi alvejado pelas costas e agarrado por apoiantes do líder religioso Moqtadr al-Sadr. Com uma bala alojada a centímetros da sua coluna, o jornalista acabou por escapar à multidão com o seu tradutor, sendo depois tratado por médicos do exército britânico.