Benjamin Joffe-Walt, jornalista do “The Guardian”, foi agredido, viu o seu telemóvel destruído e esteve durante algumas horas sob custódia em Yuwoutou, localidade próxima da aldeia chinesa de Taishi, para onde o repórter britânico se dirigia na companhia do deputado regional Lu Banglie.

O ataque ao jornalista e a Lu Banglie foi levado a cabo por 20 a 30 homens vestidos à civil, que se aproximaram da viatura em que os dois seguiam pouco depois desta ter sido mandada parar por cinco homens com uniformes policiais e outros cinco com uniformes do exército.

Antes de ser levado para Yuwoutou, o jornalista britânico viu Lu Banglie ser agredido com muita violência e deixado na berma da estrada, “sendo difícil saber se estava morto ou vivo”.

Para o repórter do “The Guardian”, parece evidente que os atacantes sabiam quem era Lu Banglie e conheciam a sua determinação no apoio à luta dos habitantes de Taishi contra o actual governante local, Chen Jinsheng, acusado de corrupção pela população.

Em declarações ao sítio AsiaNews.it, o advogado Gao Zhisheng – que representa o activista Yang Maodong, detido por ajudar os habitantes de Taishi na luta pela demissão de Chen Jinsheng – revelou que não havia quais notícias sobre Lu Banglie e disse acreditar que as autoridades locais andavam a colaborar com grupos criminosos.