Um dos jornalistas detidos durante o encerramento do diário basco “Egunkaria”, Martxelo Egiguren, acusou a polícia espanhola de o ter maltratado, física e psicologicamente, durante os cinco dias em que esteve sob custódia das autoridades.

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) enviou uma carta ao ministro do Interior de Espanha, Angel Acebes, exigindo a abertura imediata de um inquérito às alegações do editor do único diário que era publicado em língua basca, até ser encerrado por ordem da Audiência Nacional, a 20 de Fevereiro.

Robert Ménard, o secretário-geral da RSF, disse ainda que quer ser informado sobre a evolução do estado de saúde de Pedro Zubiria, que foi internado num hospital quando estava detido e tentou suicidar-se dois dias após a detenção.

A reabertura do diário “Egunkaria” é também exigida na carta enviada ao membro do Governo. “Opomo-nos ao encerramento, ainda que temporário, do diário “Egunkaria”. Essa medida castiga um média que nada fez de errado e priva os seus leitores de serem informados”, escreveu Robert Ménard.

O diário foi encerrado e dez dos seus responsáveis editoriais detidos por suspeita de ligação à ETA. Quatro jornalistas foram libertados, sob caução e os outros seis ficaram em prisão preventiva, incluindo Pedro Zubiria, que continua hospitalizado.