Jornalista assassinado no México

Repórter Cándido Ríos morreu baleado em Veracruz. É o décimo profissional de comunicação social assassinado este ano no país. FIJ exige que as autoridades apurem responsabilidades e coloquem fim à onda de violência contra o jornalismo em solo mexicano.

Cándido Ríos, de 55 anos, trabalhava na secção de crimes do Diário de Acayucan e encontrava-se em Covarrubias, a sul de Veracruz, quando foi metralhado por desconhecidos. A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) já condenou o sucedido, exigindo que as autoridades apurem responsabilidades e acabem com a onda de violência contra o jornalismo em solo mexicano.

Segundo refere o site da FIJ, Ríos ainda foi transportado ao hospital, mas acabou por não resistir aos ferimentos.

Trata-se da décima vítima mortal este ano entre profissionais dos media que têm sido assassinados por causarem incómodo ao crime organizado no México. Ríos queixava-se de estar sob ameaça desde 2012 e, na sequência dessas denúncias, estava mesmo sob proteção do Mecanismo para la Protección de Defensores de Derechos Humanos y Periodistas.

A FIJ tem seguido os acontecimentos violentos e a perseguição feita aos jornalistas e já realizou diversas campanhas para denunciar e dar visibilidade à situação. “No a la impunidad”, lançada no ano passado, é o exemplo de uma dessas campanhas. No final do passado mês de junho, a FIJ remeteu uma carta ao presidente do México, Enrique Peña Nieto, lembrando os ataques de que foram vítimas os jornalistas até essa altura. Ao mesmo tempo foi solicitado a todas as autoridades, começando pelo próprio presidente, que cumprissem as promessas de reforçar as instâncias de proteção aos jornalistas, acelerando ainda os processos de investigação aos crimes cometidos.

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