O jornalista franco-libanês Samir Kasis morreu a 2 de Junho, vítima da explosão do seu automóvel no bairro cristão de Aschrafieh, em Beirute.

Samir Kasis, de 45 anos, trabalhava no jornal ‘An-Nahar’, o diário de maior tiragem no país – 55 000 exemplares -, sendo conhecido pelas suas posições anti-Síria e pelas fortes críticas ao governo libanês.

“Samir foi um verdadeiro aliado da liberdade de expressão e os responsáveis pelo seu assassinato devem ser levados perante a justiça”, afirmou Aidan White, secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Na opinião da FIJ, é de admitir que o atentado tenha sido cometido por “motivação política”.

Kassir foi a figura libanesa mais proeminente a ser assassinada desde 14 de Fevereiro, data em que foi morto o antigo primeiro-ministro, Rafik Hariri, facto que lançou o país na pior crise política desde a guerra de 1975-1990.

O atentado que vitimou Kassir ocorreu quatro dias depois do início das eleições parlamentares no Líbano, que decorrem em quatro domingos entre 29 de Maio e 19 de Junho.

Recorda-se que as tropas sírias completaram a sua retirado do Líbano em meados de Abril, após 29 anos de presença no território.