Jornalista assassinado no Camboja

O jornalista Khim Sambo foi assassinado a tiro em Phnom Penh a 11 de Julho, noticiou a Associação Cambojana para a Protecção dos Jornalistas (CAPJ), havendo suspeitas de que o crime se deveu o trabalho do repórter no “Moneakseka Khmer”. O ataque vitimou ainda o filho de 21 anos do jornalista.

Khim Sambo tinha publicado recentemente notícias sobre corrupção e outros assuntos sociais preocupantes, motivo pelo qual a CAPJ, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) exigiram ao governo do primeiro-ministro Hun Sen que promova uma investigação célere e profunda a este ataque à liberdade de imprensa.

“A apenas um mês das eleições nacionais no Camboja, o assassinato de Khim Sambo e do filho é mais um alerta de que se está a preparar um silenciamento dos média independentes”, disse a delegação para a Ásia-Pacífico da FIJ, acrescentando que “os actos de violência contra jornalistas que fornecem este tipo de informação só podem ser descritos como cobardia”.

O incidente segue-se à detenção, a 8 de Junho, do chefe-de-redacção do “Moneakseka Khmer”, Dam Sith, devido à publicação de um artigo em que o líder da oposição, Sam Rainsy, acusou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hor Nam Hong, de ter tido ligações profissionais a uma prisão do regime dos Khmers Vermelhos.

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