A jornalista norte-americana Mary Cuddehe revelou à revista “The Atlantic” que a empresa petrolífera Chevron lhe ofereceu 20 mil dólares (16 mil euros) para espiar a seu favor num dos maiores processos ambientais da história do Equador, uma proposta que recusou por motivos éticos.
O processo em causa teve início há 17 anos e opõe residentes da Amazónia equatoriana à Texaco (agora Chevron), acusada de despejar mais de 68 milhões de litros de lixo tóxico na floresta, causando danos ao ambiente e à saúde humana. A empresa poderá ser obrigada a pagar 27,3 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros).
Mary Cuddehe afirmou que o convite lhe chegou através da agência de investigação Kroll, que terá sido contratada pela Chevron para recrutar jornalistas como espiões, tendo esta proposto à jornalista que mentisse sobre a sua identidade e, sob o falso pretexto de escrever um artigo, colhesse informações sobre um estudo que relatou taxas elevadas de cancro entre os moradores da região.