O repórter Soran Mama Hama, da revista quinzenal “Leven”, foi abatido a tiro a 21 de Julho à porta da sua casa em Kirkuk, no Curdistão iraquiano, numa acção que é vista pelos seus colegas de trabalho como “uma tentativa de silenciar o jornal, que tem sido sempre muito crítico do governo”.
Instando as autoridades iraquianas a “dar prioridade à teoria de que o jornalista foi morto devido ao seu trabalho”, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) frisou o facto de os camaradas de redacção de Soran Mama Hama terem referido ameaças feitas contra o repórter de 23 anos na sequência de artigos sobre assuntos sensíveis, como o envolvimento de altos funcionários curdos em redes de prostituição.
De acordo com a contabilidade da RSF, este assassinato aumenta para 217 o número de jornalistas e assistentes dos média mortos no Iraque desde Março de 2003, sendo que 13 destes foram mortos em Kirkuk.