Os patrões dos média que pensam que o jornalismo não editado os pode ajudar a sair da crise correm o risco de destruir a ética jornalística, alertou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), sublinhando a importância de haver um processo mediador d
A posição da FIJ surge como reacção a declarações de David Montgomery director-executivo do grupo de média europeu Mecom, que detém cerca de 200 jornais em cinco países , nas quais o ex-responsável pelo grupo Daily Mirror defendeu que os repórteres passassem a usar as novas tecnologias para colocar os artigos directamente na página, sem qualquer edição prévia.
Para o secretário-geral da FIJ, Aidan White, os planos para eliminar a fase de subedição poderão poupar dinheiro às empresas, mas acabariam por ser uma falsa economia, pois tal resultaria em mais um contributo para a quebra na qualidade das publicações e na confiança do público.
Sublinhando que os jornalistas estão abertos à mudança e aos desafios do futuro, Aidan White insiste porém que o futuro do jornalismo depende do fortalecimento da base ética do sector, algo que não é compatível com o fim de cargos de edição intermédios, dado o contributo destes para a maior fiabilidade dos produtos finais.