Jornalismo em segurança debatido em Genebra

Pôr fim à impunidade daqueles que atacam e matam jornalistas e criar novos mecanismos de investigação para apurar estas mortes são algumas das propostas avançadas numa declaração adoptada pelas organizações participantes num debate organizado pela Press Emblem Campaign (PEC) em Genebra, na Suíça, a 20 e 21 de Setembro.

Os participantes do encontro assinalaram que, embora existam normas a ser cumpridas na protecção aos trabalhadores de órgãos de comunicação social, muitos estados, mesmo os democráticos, têm vindo a ser bastante negligentes na sua aplicação, acabando os jornalistas e outros trabalhadores dos média “esquecidos” no palco dos confrontos.

“Chegámos à conclusão de que o actual nível de ataques a jornalistas é intolerável e que os governos devem reconhecer que estão a falhar com as responsabilidades que lhes cabem”, já que são os governos dos vários países quem deve “levar os assassinos de profissionais dos média perante a justiça”, afirmou Aidan White, secretário-geral da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).

Por esse motivo, a PEC, uma coligação de grupos que procura a adopção de um emblema identificativo da imprensa internacional para proteger os jornalistas em cenários de conflito, decidiu criar um grupo de peritos para analisar este assunto mas também para estipular meios de tornar o exercício do jornalismo mais seguro em zonas hostis.

Durante o encontro em Genebra, decidiu-se ainda que será solicitado ao Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI) que assuma a liderança na preparação de um relatório sobre os passos a dar para alcançar a protecção efectiva dos jornalistas em cenários de guerra.

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