Jim Taricani desiste de recurso por motivos de saúde

Motivos de saúde e o desejo de pôr o assunto para trás das costas levaram o jornalista norte-americano Jim Taricani a não recorrer da sentença de seis meses de prisão domiciliária por desrespeito ao tribunal, que lhe foi imposta pelo juiz Ernest Torres na sequência da sua recusa em quebrar o sigilo profissional.

A decisão do repórter da WJAR-TV foi anunciada a 21 de Dezembro num comunicado da estação, tendo a “casa-mãe”, a NBC Universal, emitido igualmente uma declaração de apoio a Jim Taricani.

“Acreditamos que a condenação criminal por desrespeito e a sentença de Jim [Taricani] deveriam ser analisadas pelo tribunal de recurso, pois a punição severa que lhe foi imposta é injustificada”, diz a NBC Universal, referindo factores atenuantes do caso como a condenação dos funcionários corruptos envolvidos, a ausência de uma queixa destes contra a transmissão da cassete, a auto-revelação voluntária da fonte e o pagamento da multa por desrespeito civil, no valor de 85 mil dólares, por parte da estação.

“No entanto, respeitamos as preocupações de saúde de Jim [Taricani] e aceitamos a sua decisão de não avançar com um recurso”, conclui a “casa-mãe” da WJAR-TV.

As condições da prisão domiciliária de Jim Taricani são em tudo semelhantes a uma prisão normal, pois o jornalista só pode ausentar-se por razões médicas, está impedido de dar entrevistas, trabalhar ou usar a Internet, e apenas pode receber visitas entre as 14 e as 16 horas e as 18 e as 20 horas. Poderá ainda solicitar uma saída precária ao tribunal ao fim de quatro meses.

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