Japoneses defendem serviço público de radiodifusão

Os sindicatos dos média japoneses estão a planear uma campanha em defesa do serviço público de radiodifusão, o qual tem vindo a perder a confiança do público devido a uma série de escândalos internos.

A principal preocupação dos espectadores japoneses em relação à estação pública NHK é a sua relação de proximidade com o mundo da política japonesa e, em especial, com a coligação de governo, que venceu as eleições em Setembro com promessas de privatizar o serviço postal e de ponderar a alienação de outras áreas, entre as quais se pode incluir o serviço público de radiodifusão.

“Este é um momento da verdade para o audiovisual japonês. O operador público tem de ser reformado por forma a ser um defensor credível e dinâmico dos valores de serviço público, fornecendo notícias e entretenimento de elevada qualidade. Acima de tudo, precisa de voltar a conquistar a confiança dos espectadores”, afirmou Aidan White, secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Os planos que estão a ser delineados pelos sindicatos nipónicos deverão ser apresentados aos líderes da FIJ em Dezembro, durante uma reunião em Sydney, na Austrália, e até lá a organização internacional apela a todos os sindicatos de jornalistas do mundo para que dêem o máximo apoio aos colegas japoneses.

Este caso no Japão alarga à Ásia as lutas que a FIJ travou em 2005 em prol dos valores de serviço público, depois de combates na Europa – em que a BBC foi o caso mais visível – e na América do Norte – onde 5500 trabalhadores da estação pública canadiana CBC foram impedidos pela administração de entrar nas instalações durante 50 dias.

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